Alô, alô, Brasil! Daniela Soledade é uma artista carioca que conquistou o respeito da crítica e do público nos Estados Unidos e na Europa. Com dois álbuns lançados, “A Moment of You” (2019) e “Pretty World” (2021), e o aval de mestres da bossa nova como Roberto Menescal e Antonio Adolfo, ela tem levado a delicadeza do canto brasileiro a algumas das casas de shows mais importantes do mundo — Blue Note de Nova York, Ronnie Scott’s Jazz Club, de Londres, Sunset Sunside Paris, Blue Note de Milão, entre outros. Elogiada em veículos como “Downbeat” e “Jazz Times”, Daniela está numa recente reportagem de capa da revista “JAZZIZ” intitulada “Rio Rhythm: the heartbeat of Brazilian Music”, ao lado de nomes como Ivan Lins, Bebel Gilberto e Ed Motta.
Radicada na Flórida desde o fim da adolescência, Daniela Soledade leva a música de seu país mundo afora com orgulho e carinho especiais. “É uma missão do coração espalhar a nossa música brasileira mundo afora. Eu tenho muito amor pelas minhas raízes musicais e um orgulho imenso de ser brasileira. Me sinto privilegiada em poder representar a nossa música, que realmente é única.”, conta com reverência.
Não lhe faltam legitimidade e mesmo ancestralidade para essa missão. Daniela é neta de Paulo Soledade (1919-1999), amigo e parceiro de Tom Jobim, autor de clássicos carnavalescos como a marcha-rancho “Estão Voltando as Flores” e a marcha “Zum-Zum”. Seu pai, Paulinho Soledade, é um respeitado músico, compositor, produtor e arranjador, com trabalhos com Tim Maia, Erasmo Carlos e longo currículo nos programas musicais da TV Globo.
Carioca, filha e neta de nomes importantes da MPB, Daniela Soledade leva adiante o melhor da música brasileira – e, de quebra, tem muito para contar. “Não resisto, ao vivo sempre lembro histórias narradas pelo meu pai, lembranças das aulas de violão com Baden, horas de música e conversa regadas a uísque, ou do Vinicius dormindo no sofá da sala, na casa do meu avô”, diz, envolvida em doce nostalgia.
Da infância e do começo de adolescência passados no Rio, Daniela guarda como lembranças musicais mais antigas as gravações no estúdio caseiro do pai. “Ele me gravava, eu devia ter uns 3 anos, era uma curtição, lembro de ter feito (a campanha) Criança Esperança, de ter gravado voz para as Paquitas, no Xou da Xuxa, algo assim”, puxa pela memória. A coisa ficou mais séria quando, aos 13 anos, a menina entrou para a Escola de Música Villa-Lobos. Estudou teoria e história musical, além de flauta, com um instrumento emprestado por alguém próximo da família – a flauta pertencia a Bebeto Castilho, um dos craques do histórico Tamba Trio, um dos grandes nomes do samba-jazz.
Na adolescência, a dona dessa rica história mudou-se com a família para os Estados Unidos. “Acabei me afastando da música, seguindo outros caminhos, mas nunca deixei de sentir falta”, conta. A saudade, aplacada de tempos em tempos com shows em bares, casamentos e outros eventos, terminou em 2019, quando Daniela lançou seu disco de estreia e abraçou de vez a carreira artística. “Naquele ano pensei: agora é a hora, vou voltar com tudo”. A boa acolhida ao disco foi o primeiro sinal de que ela estava fazendo a coisa certa. “Cantando em português e inglês, o álbum de estreia de Daniela Soledade exibe seu domínio do samba clássico e de standards da bossa nova, com algumas prazerosas surpresas”, elogia, já na primeira frase, crítica publicada na conceituada revista de jazz Downbeat. O apoio da imprensa facilitou a montagem de uma turnê pelos Estados Unidos com escalas em palcos ilustres, a exemplo do já citado Blue Note de Nova York.
Daniela mantém uma agenda cheia de shows nos Estados Unidos e na Europa, sempre colocando muitos vídeos de seus shows e clipes no Youtube e redes sociais (@danielafromrio), lançando novas gravações nas plataformas digitais (onde já ganhou milhões de streams) e pretende lançar seu novo disco “Deco Tropical” em 2025.
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